Muita gente acredita que os dentes, uma vez erupcionados e posicionados, permanecem imóveis ao longo da vida. No entanto, a realidade é diferente: os dentes são estruturas dinâmicas e estão em constante equilíbrio de forças.
Quando esse equilíbrio é rompido, especialmente pela perda de dentes ou por hábitos como o apertamento, a movimentação dentária pode trazer sérias consequências para a saúde bucal.
Entenda o movimento dos dentes
Quando um dente é perdido e não é substituído, a ausência de contato entre os dentes vizinhos e os dentes da arcada oposta (chamados de dentes antagonistas) leva à perda de apoio e estabilidade.
Sem essa sustentação, os dentes adjacentes tendem a inclinar-se para o espaço vazio e os dentes da arcada contrária podem extruir (descer ou subir em direção ao espaço), desequilibrando toda a mordida. Esse processo pode comprometer a mastigação, a estética e até mesmo a saúde das articulações da mandíbula.
O bruxismo contribui para a movimentação indesejada
Além das perdas dentárias, a pressão excessiva exercida por hábitos como o bruxismo (apertamento ou ranger dos dentes) também contribui para movimentações indesejadas. As forças exageradas aplicadas durante a mastigação ou durante o apertamento noturno desgastam os dentes, causam mobilidade e podem acelerar o deslocamento dentário.
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Por isso, substituir dentes perdidos com próteses, implantes ou outros tratamentos restauradores é fundamental para preservar a harmonia do sorriso e a eficiência da mastigação.
Da mesma forma, é essencial identificar e controlar hábitos parafuncionais, como o apertamento, muitas vezes com o uso de placas de mordida e acompanhamento especializado.
Cuidar da estabilidade dos dentes é cuidar da saúde como um todo.